sábado, 30 de julho de 2011

Suicídio do Eu

"Do mal não pode nascer o bem, assim como um figo não nasce de uma oliveira: o fruto corresponde à semente."
by Séneca

Mudanças vem e vão, e quando menos percebemos já não somos os mesmo de antigamente. Mas será que sempre simplesmente mudamos? Acho que muita vez, suicidamos nosso eu, literalmente "mantando" o fulano antigo, e o transformando em um novo. As vezes fazemos isso de propósito. Libertamos um ser interior, que para nascer, precisa que o ser atual morra.
É meio difícil de entender, mas é filosófico assim mesmo. Vivo isso nesse momento, libertando todo esse ser interior. Acho que esse é meu verdadeiro "eu". O atual, era um enganação, que iludia até a mim mesmo. Talvez a sensação de prisão, a necessidade de liberdade me levaram a tal situação.
Tudo muito estranho, muito louco. É como ser criança de novo, e redescobrir o mundo. Tudo novo, tudo impressionante. Um lado da vida que nunca havia enxergado. Acho que a também sensação de insegurança, de incerteza, me atraia. Sem saber o que será o amanhã, sigo meu caminho. O eu romântico, sensível, atencioso, cade vez mais morre dentro de mim. Não sei como será o novo que surgirá. Só sei que não me importo mais com o que pensam de mim, acham, ou falam. Só eu sei o que passei, penso, e sinto. Vivo minha vida, como um espectador, esperando o final desse grande espetáculo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Leito de pensamentos


Em meu quarto sozinho
Na noite silenciosa e solitária
Somente a mãe celeste a me olhar
Rosto molhado pensado em você
Sentindo ódio, sentindo amor
Sentimentos tão oposto
E ao mesmo tempo paralelos
Meu humilde coração eu lhe dei
Segredos e pensamentos partilhei
Por tudo isso, em troca na pedi
Ingratidão e desprezo recebi
Mas tudo isso pouco lhe importava
Afinal pedras não tem sentimentos
E finalmente a luz renasce
E percebo que nada mudou,
As feridas abertas por ti
De igual modo em mim estão
Me levanto para mais um dia,
Este, com menos sentido sem você
by Gabriel Bittencourt